Sentou na
escrivaninha e derramou-se em lágrimas. Passava os dedos nos olhos na tentativa
de enxugar as pequenas gotas transparentes de sangue, mas quanto mais o fazia
mais líquido escorria. Não sabia quando tudo havia começado, muito menos de
onde havia surgido o sentimento, mas ela tinha uma certeza: era amor.
Era apenas uma certeza contra numerosas dúvidas e aquela tal da insegurança. Não era uma batalha justa, às vezes o amor sozinho não é o suficiente.
Recostou na cadeira e, ali mesmo, as memórias vieram à tona. Ela sentada na grama do parque e seu amor deitado em seu colo, ela acariciava seus cabelos enquanto o amor da sua vida sorria. Foram momentos felizes. Foram. É um verbo no passado, mas só é passado no quesito tempo da vida real, porque dentro dela era presente. Momentos eternizados dentro de um coração.
Era apenas uma certeza contra numerosas dúvidas e aquela tal da insegurança. Não era uma batalha justa, às vezes o amor sozinho não é o suficiente.
Recostou na cadeira e, ali mesmo, as memórias vieram à tona. Ela sentada na grama do parque e seu amor deitado em seu colo, ela acariciava seus cabelos enquanto o amor da sua vida sorria. Foram momentos felizes. Foram. É um verbo no passado, mas só é passado no quesito tempo da vida real, porque dentro dela era presente. Momentos eternizados dentro de um coração.
Talvez. É
essa a palavra que ela não vai mais usar. Talvez. Talvez. Talvez. Talvez.
Talvez. É o que ecoava em sua mente. Já não conseguia dominar ou definir o que
acontecia dentro de si, era raiva, culpa, tristeza, amor. Uma excêntrica
mistura de sentimentos. Amor. Ah, o amor. Entre todos, esse prevalecia. Desse
ela nunca duvidou. Posso te contar uma coisa? Ela deixou o seu amor escapar,
tudo devido ao dizer uma simples palavra. Não se sabe ao certo se a culpada foi
ela, mas ainda hoje ela se culpa. Você pode dizer a ela “a culpa não foi sua”
quantas vezes desejar, a resposta dela sempre será: “e se eu tivesse dito ‘sim’
invés de ‘talvez’?”