Você me chamou na sala pra conversar mas não houve nem vestígios de conversa, você só me disse que não sabia exatamente o momento em que tinha começado a dar errado. Engraçado, eu poderia ter dito tanta coisa e talvez te contado quando é que começou a dar errado, mas invés disso preferi o silêncio e enquanto você faz as malas para sair pela mesma porta que entrou, dois anos atrás, eu fico aqui. Sentada. Apenas observo. E penso, é claro.
Quando é que começou a dar errado? Você realmente não sabe ou está fingindo não saber para fugir de uma provável discussão que você com certeza perderia? Deu errado essa sua mania de não perdoar as minhas verdades. Deu errado a maneira como você queria chamar atenção. Deu errado você não se importar com o que realmente precisava de importância. Deu errado as suas criticas e falta de elogios. Deu errado você não ter deixado de lado o seu passado para viver o agora. Deu errado seu mau humor constante. Deu errado eu acordar sozinha várias manhãs enquanto você estava na rua. Deu tudo errado.
E pensar que um dia eu imaginei que dessa vez daria certo. Mas não, somos o oposto. E não me venha com essa mesma conversinha de que os opostos se atraem. Ok, podem se atrair, mas quem prova que dão certo? Eu errei também. Errei quando imaginei nós em uma idade avançada, porém ainda felizes. Errei quando te dei o melhor de mim. Errei em colocar sentimento demais na nossa relação. Errei. Errei. Errei. Aliás, era disso que nosso suposto relacionamento era formado: erros.
Deu errado eu ter botado fé em você.
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